05 janeiro, 2007

Decisões

A cada segundo que passa há pelo menos dois rumos opostos a serem seguidos, mas no fundo será que ambos não convergem no mesmo ponto? (Vi há uns tempos um filme que deixava essa dúvida no ar). De qualquer modo, mesmo que convirjam no mesmo ponto, nunca sabemos se lá chegaremos remando para sul ou deixando nos levar para norte. A dúvida instala-se sempre, tal erva daninha que perde facilmente a noção dos seus limites e invade planícies sem sequer pedir licença, apoderando-se do espaço até cairmos abruptamente num mundo interior…E aí surge o medo…Medo de falar, sentir, agir e acima de tudo decidir! Que força é essa o medo, que nos paralisa e persegue tal Cobrador do Fraque? Aparece sorrateiro e alimenta-se dos nossos próprios pensamentos, transformando-se e multiplicando-se, se nada se fizer contra ele.
Deverá então passar pelo conhecimento desse universo interior, o “eu”, o passo fulcral para que o encontro do eu se transforme na metamorfose do ser. Só assim é possível deixarmos de ser meros espectadores da nossa existência e passarmos a ter um papel activo na mesma. A teoria sei, fui bombardeada com ela nas aulas de Filosofia, mas como ainda me perco nas viagens ao meu “eu”, será que alguém tem uma solução mais fácil para as decisões? Moeda ao ar?